quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

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OUMUAMUA primeiro objeto insterestelar cruzando sistema solar




A nitidez desta recriação tem pouco a ver com como realmente se viu Oumuamua.

Em 19 de outubro de 2017, astrônomos que trabalhavam com um telescópio instalado na ilha havaiana de Mauí detectaram um objeto atravessando o sistema solar a toda velocidade. Pouco depois, cientistas do Centro de Planetas menores da NASA, uma instituição dedicada à vigilância de cometas e asteroides, confirmava que se tratava do primeiro objeto interestelar detectado de nosso planeta. Oumuamua, um pepino de 800 metros de largura e 80 de comprimento, provocou uma resposta que já tinha sido dada antes diante de nove descobertas científicas.
Em 1967, quando Jocelyn Bell observou um sinal de rádio vindo do espaço que não coincidia com nenhum objeto conhecido, alguns pensaram que se tratava de mensagens enviadas à Terra por uma civilização alienígena. Observações posteriores revelaram que a fonte daqueles pulsos regulares de aparência artificial era uma estrela de nêutrons, o cadáver ultradenso de uma estrela. Mais recentemente, em 2015, o telescópio Kepler detectou um estranho obscurecimento em torno da estrela KIC 8462852, outro sol de nossa Via Láctea a 1.480 anos-luz de distância. Jason Wright, um astrônomo da Universidade Penn State (EUA), propôs então que aquelas observações poderiam ter sua explicação em uma megainfraestrutura criada por uma civilização mais avançada que a humana para aproveitar a energia da estrela. Uma análise posterior descartou esse tipo de construção e considerou mais plausível que as distorções fossem causadas pelo choque de dois cometas ou por algum tipo de convulsão interna do astro.

A notícia ganhou relevância pelo prestígio de um dos signatários, Avi Loeb, presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard e convencido de que o mais provável é que não sejamos os únicos seres inteligentes do cosmos. “Pelo menos um quarto das estrelas da Via Láctea tem um planeta como a Terra, com condições superficiais muito similares e uma química que permitiria o desenvolvimento da vida como a conhecemos. Se você jogar os dados vezes suficientes, e sabendo que há dezenas de milhares de milhões de estrelas na Via Láctea...”, disse
 em uma entrevista à revista The New Yorker. Em sua opinião, anomalias como a aceleração do experimento ao passar junto ao Sol ou sua própria existência só podem ser explicadas se for uma sonda movida por velas solares, um tipo de dispositivo que utiliza a radiação das estrelas para impulsionar naves espaciais.A forma de Oumuamua recordava a imensa nave extraterreste de Encontro com Rama, romance de Arthur C. Clarke. Aquele cilindro oco, procedente do espaço interestelar, chegava à nossa vizinhança, mas ignorava a Terra e seus habitantes para seguir seu caminho. Alguns pensaram que o novo visitante poderia ser uma máquina similar e vários telescópios se orientaram no sentido dele em busca de indícios de tecnologia. Não os encontraram, mas isso não impediu que em novembro do ano passado dois astrônomos de Harvard publicassem um artigo em The Astrophysical Journal Letters, no qual propunham que o estranho comportamento desse objeto poderia ser explicado se assumíssemos que se tratava de uma sonda enviada por uma civilização extraterrestre.
Pelo que se sabe de Oumuamua, é mais parecida com um asteroide do que com um cometa e isso põe em xeque algumas das ideias que os cientistas têm sobre como esses objetos se formam. Ao nascer mais perto de suas estrelas e estar fortemente ligados a elas pela gravidade, não é fácil explicar que tipo de fenômeno pode dar a ela um empurrão violento o bastante para expulsá-lo do sistema solar. Mas, como em ocasiões anteriores, é possível que novas observações permitam mudar nossa ideia sobre a formação desses objetos ou sobre as vicissitudes que ocorrem a eles em suas viagens interestelares de milhões de anos para acabar tendo uma aparência inesperada.
Loeb, que é presidente do conselho assessor da Breakthough Starshot, uma iniciativa para levar uma missão com pequenas naves ao sistema Alfa Centauri, a estrela mais próxima da Terra, afirma que enfatiza a natureza especial de Oumuamua porque quer que quando o próximo visitante interestelar chegar estejamos preparados para estudá-lo. Os especialistas reconhecem que revelar a natureza desse corpo estranho sem ambiguidades exigiria observá-lo de perto, mas devido a sua velocidade e ao inesperado de sua aparição não é possível lançar um satélite à velocidade necessária para alcançá-lo. Marco Micheli, autor de um trabalho que descrevia Oumuamua como um cometa peculiar, considera que deveria haver um equipamento pronto para ser lançado pouco depois de descobrir o próximo objeto vindo de fora do sistema solar. Até então, com a informação que temos, continuamos sem saber se há outros seres inteligentes no universo.
fonte : El PAÍS      CIÊNCIA 
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